quinta-feira, 18 de julho de 2013

1ª Parte: Testemunho de Ir. Silvia Flores



UMA VIDA PARTILHADA


Sou Ir. Silvia Flores Alvarado, mexicana, missionária comboniana há 30 anos. Brevemente posso dizer que estou no meu lugar, lugar que me faz feliz e me enche de paz e alegria! Depois da primeira profissão fui enviada a Londres para aprender o inglês e fazer um curso sobre as doenças tropicais para me preparar no campo da enfermagem. Lá aprendi que a vocação  te faz entrar em relação com outras culturas, línguas, costumes e te pede respeito e aceitação do diverso/diferente.
Terminada esta preparação, fui enviada para Uganda, país africano que estava em guerra. Para mim, não foi fácil entrar numa realidade de tanto sofrimento, morte e destruição, mas consegui ficar lá por dez anos, convencida de que Deus tinha me chamado para partilhar com aquele povo a minha fé e vida.Trabalhei por cinco anos em Angal, na pediatria do hospital da missão, atendendo crianças desnutridas e com várias doenças, tais como: malária, meningite, problemas  gastrointestinais e também,curando crianças feridas pela guerra. Quanta pena me causou ver as crianças sofrerem pela guerra injusta dos adultos. Nunca entendi porque o mal tem que atingir os mais indefesos e inocentes!
No entanto, a missão não era só sofrimento e pranto. O povo era capaz de criar seu espaço para celebrar a vida e a comunhão: organizava danças tradicionais e festas familiares. Foi bonito junto com a minha comunidade de irmãs combonianas, compartilhar estes momentos de fraternidade! Este povo “Alur” me ensinou a enfrentar as dificuldades com esperança e um sorriso nos lábios. Em Angal, uma vez por semana me reunia com os/as jovens para refletir sobre um tema e para rezar! Aos domingos visitava as capelas para celebrar a Palavra com o povo e para dar a comunhão. Depois da oração era convidada pelo povo a comer suas comidas típicas. Com as enfermeiras, tive um relacionamento de amizade e respeito. Uma vez por semana nos reuníamos para um encontro de formação, à luz as Palavra de Deus para refletir sobre o nosso “ser mulher”, sobre a cultura africana e  o desenvolvimento da pessoa humana.
Depois de cinco anos de trabalho em Angal, fui enviada a cidade Kampala, para um serviço de orientação vocacional com os/as jovens. Visitava as escolas, onde apresentava a vocação missionária comboniana. Deus abençoou este serviço pois dez jovens decidiram viver o carisma comboniano! Apesar da insegurança vivida no Norte da Uganda, Deus sempre me/nos protegeu.


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